Cistite
Cistite é uma inflamação na bexiga consequente a infecção causada por bactérias naturais do trato gastrointestinal que se proliferam na área do períneo e chegam até o sistema urinário. A cistite pode acometer crianças e adultos de ambos os sexos. Porém, a população feminina é a mais afetada por ter a uretra mais curta facilitando a colonização ascendente. Uma em cada cinco mulheres enfrentará, alguma vez na vida, uma cistite.
A higienização inadequada das partes íntimas, alguma má formação do aparelho urinário ou alteração na sua integridade morfológica e funcional como na bexiga caída ou estenose de uretra, a constipação intestinal, o uso de diafragmas ou cremes vaginais espermaticidas, ou outros fatores que irritem localmente ou retardem o ato de urinar são fatores que podem gerar a proliferação de bactérias no trato urinário. Nas mulheres, o risco de ter cistite é maior, especialmente na menopausa por alterações provocadas pela baixa taxa hormonal.
Os principais sintomas, em geral, são a dor localizada no baixo ventre, ardência ao urinar ou aumento da frequência de micção e a urgência miccional. Se ocorrer febre ou dor lombar são sinais que devem ser observados com atenção, já que apontam uma possível infecção urinária alta ou pielonefrite. A dor faz com que a pessoa interrompa a emissão de urina logo nos primeiros jatos. Como a bexiga não é esvaziada suficientemente, logo a vontade de urinar ressurge.
O tratamento consiste na eliminação da infecção bacteriana por meio do uso de antibióticos. Além disso, o médico pode prescrever medicamentos para controlar a dor e outros sintomas, como antiinflamatórios e antiespasmódicos. Não se deve, de forma alguma, interromper o tratamento com antibiótico sem notificar seu médico, por conta do risco de se criar resistência bacteriana ou um agravamento do caso, gerando a sepse (infecção generalizada e até a morte) quando a infecção acomete os rins.
Descrita entre as mais antigas doenças dos humanos, a Litíase ou a Formação de Cálculos nos Rins ou Ureteres ou na Bexiga já foi relatada em múmias egípcias, além de ser mencionada em histórias da Babilônia e China antiga. Médicos da Escola Médica de Knidos, na ásia Menor, descreveram a cólica renal ao redor do século V antes de Cristo. Nos últimos anos, muitos estudos e melhor compreensão houve sobre as causas e tratamentos destas pedras no trato urinário, porém as complicações decorrentes deste problema ainda causam muito sofrimento.
A cólica renal manifesta-se quando um cálculo renal migra pelo ureter e acaba parando, por diferenças de tamanho entre os diâmetros do ureter e do cálculo ou em áreas onde o ureter apresenta dobras naturais, que diminuem sua luz interna, assim represando a urina acima do cálculo, dilatando os cálices renais, que por sua vez contraem-se para tentar expelir a urina. Quando muito doloroso, inicia-se acompanhado de náuseas, vômitos e distensão abdominal. Se houver febre conjuntamente, pode ser sinal de infecção associada, a pielonefrite, muito perigosa, podendo evoluir para septicemia (infecção generalizada).